Estamos nos aproximando de completar dez anos dos atentados de 11 de setembro de 2001 e o mundo ainda não conseguiu esquecer as cenas dos aviões sendo lançados contra as torres do World Trade Center em Nova Iorque, matando milhares de pessoas inocentes. Mais que isso: as consequências deste nefasto evento, cujos motivos misturam política e religião, se espalharam por todas as áreas da vida, mudando o comportamento e as rotinas de muita gente no mundo, inclusive de religiosos de todas as crenças.
Entre os cristãos, por exemplo, aqueles trágicos acontecimentos chegaram a afetar decisivamente a prática missionária de igrejas cristãs em todo o planeta (e continuam a fazer isto até hoje). Assim, entre outras razões, também por estes conflitos e ameaças, evangélicos e católicos de vários países divulgaram recentemente um documento conjunto em que orientam os missionários cristãos sobre práticas evangelísticas e ações de solidariedade em culturas religiosas diferentes. Segundo os estudiosos das organizações cristãs internacionais, testemunhar é também respeitar, ouvir e cooperar com outras religiões.
Após 5 anos de reflexões, a Aliança Evangélica Mundial, o Concílio para o Diálogo Inter-religioso do Vaticano (católicos) e o Conselho Mundial de Igrejas (ecumênicos) divulgaram em Geneva, na Suíça, um documento para orientar missionários sobre a ética da evangelização. O título do documento é “Testemunho Cristão em um mundo multi-religioso” e seu texto relaciona recomendações de conduta para o dia a dia da missão cristã.
Eles afirmam que “fazer missões é parte da própria natureza da igreja”, que “proclamar a Palavra de Deus e dar testemunho para o mundo é essencial para todo cristão”, mas ressaltam também que “é necessário fazer isto de acordo com os princípios do Evangelho, com verdadeiro respeito e amor por todos os seres humanos”. Conscientes das tensões entre as pessoas e comunidades de diferentes convicções religiosas e variadas interpretações do testemunho cristão, eles buscaram relacionar conselhos práticos, sem pretensões teológicas ou missiológicas.
O objetivo maior foi “encorajar igrejas, concílios eclesiásticos e agências missionárias a refletirem sobre suas práticas atuais” e usarem as recomendações do documento para estabelecer, quando necessário, “seus próprios manuais de orientação para seu testemunho e ação missionária entre pessoas de outras religiões e aqueles que não professam qualquer religião”.
Entre os conselhos listados no documento, estão:
1. Ao testemunhar, fazê-lo “com mansidão e respeito”.
(I Pedro 3:15 - “Antes santificai a Cristo como Senhor, em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós)
2. Juntar à palavra a ação do amor e do serviço, seguindo o modelo de Jesus (João 18:37).
3. O que deve guiar a missão cristã é o exemplo e o ensino de Jesus e da igreja primitiva (Lucas 4:16-20).
4. Com sabedoria, estabelecer diálogo com pessoas de diferentes religiões e culturas (Atos 17:22-28).
5. Saber que “em alguns contextos, viver e proclamar o evangelho é difícil, prejudicial ou mesmo proibido”, mas estar ciente de que os cristãos “são comissionados por Cristo para continuar fielmente, em solidariedade uns com os outros, no seu testemunho” (Mateus 28:19-20, Marcos 16:14-18, Lucas 24:44-48, João 20:21, Atos 1:8).
6. Se alguns cristãos usarem métodos inadequados de missão manipulando, constrangendo ou obrigando as pessoas a fazerem o que não querem, lembrar do arrependimento e de nossa necessidade contínua da graça de Deus (Romanos 3:23).
7. Cristãos devem testemunhar, mas sabendo que a conversão é obra do Espírito Santo. (João 16:7-9; Atos 10:44-47; João 3:8).
Outros princípios importantes defendidos como dever de todo cristão foram:
1. Ao testemunhar, fazê-lo “com mansidão e respeito”.
(I Pedro 3:15 - “Antes santificai a Cristo como Senhor, em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós)
2. Juntar à palavra a ação do amor e do serviço, seguindo o modelo de Jesus (João 18:37).
3. O que deve guiar a missão cristã é o exemplo e o ensino de Jesus e da igreja primitiva (Lucas 4:16-20).
4. Com sabedoria, estabelecer diálogo com pessoas de diferentes religiões e culturas (Atos 17:22-28).
5. Saber que “em alguns contextos, viver e proclamar o evangelho é difícil, prejudicial ou mesmo proibido”, mas estar ciente de que os cristãos “são comissionados por Cristo para continuar fielmente, em solidariedade uns com os outros, no seu testemunho” (Mateus 28:19-20, Marcos 16:14-18, Lucas 24:44-48, João 20:21, Atos 1:8).
6. Se alguns cristãos usarem métodos inadequados de missão manipulando, constrangendo ou obrigando as pessoas a fazerem o que não querem, lembrar do arrependimento e de nossa necessidade contínua da graça de Deus (Romanos 3:23).
7. Cristãos devem testemunhar, mas sabendo que a conversão é obra do Espírito Santo. (João 16:7-9; Atos 10:44-47; João 3:8).
Outros princípios importantes defendidos como dever de todo cristão foram:
Viver e testemunhar em amor e amar o próximo como a si mesmo (Mateus 22:34-40; João 14:15); Imitar a Cristo, dando glórias a Deus e dependendo do poder do Espírito (João 20:21-23); Integridade, caridade, compaixão e humildade para superar toda a arrogância, condescendência e desprezo (Gálatas 5:22).
“Servir e praticar a justiça (Miquéias 6:8; Mateus 25:45), sabendo que prover educação, saúde, alívio da dor, e defesa de direitos são partes integrantes do testemunho do Evangelho. Mas sem explorar situações de pobreza e necessidade, pois isso não tem lugar na abordagem cristã”. Segundo o documento, os cristãos devem denunciar tal prática e parar de tentar seduzir com incentivos financeiros e recompensas. E também ter discernimento no ministério da cura, mesmo sendo este uma parte integral do testemunho. Em outras palavras, respeitar a dignidade humana e nunca se aproveitar dos vulneráveis e suas necessidades.
“Servir e praticar a justiça (Miquéias 6:8; Mateus 25:45), sabendo que prover educação, saúde, alívio da dor, e defesa de direitos são partes integrantes do testemunho do Evangelho. Mas sem explorar situações de pobreza e necessidade, pois isso não tem lugar na abordagem cristã”. Segundo o documento, os cristãos devem denunciar tal prática e parar de tentar seduzir com incentivos financeiros e recompensas. E também ter discernimento no ministério da cura, mesmo sendo este uma parte integral do testemunho. Em outras palavras, respeitar a dignidade humana e nunca se aproveitar dos vulneráveis e suas necessidades.
Rejeitar toda forma de violência, seja psicológica ou social, incluindo o abuso de poder, discriminação injusta ou repressão por qualquer autoridade religiosa ou secular, incluindo a violação ou destruição de locais de culto, símbolos sagrados ou textos. É preciso cada vez mais defender a liberdade de religião e crença. “Liberdade religiosa, incluindo o direito de professar publicamente, praticar, propagar e mudar de religião deriva da própria dignidade da pessoa humana que se baseia na criação de todos os seres humanos à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26). Assim, todos os seres humanos têm direitos e deveres iguais. Onde qualquer religião é instrumentalizada para fins políticos, ou onde a perseguição religiosa ocorre, os cristãos são chamados a participar de um testemunho profético denunciando tais ações”.
Respeitar; ouvir; compreender; construir relacionamentos de confiança com pessoas de outras religiões, especialmente no nível institucional; engajar-se no diálogo inter-religioso como parte de seu compromisso cristão, na busca de solução de conflitos e reconciliação; cooperar com outras comunidades religiosas nas ações pelo bem comum e a justiça; Fortalecer a própria identidade religiosa cristã e sua fé, embora estando aberto a conhecer e compreender as diferenças religiosas. Manifestar-se diante dos governantes pela liberdade de crença e religião; Orar pelo próximo e seu bem estar.
Para ler a íntegra do documento, faça o download do arquivo “pdf” da versão em inglês do texto em: http://www.soma.org.br/missao-crista/item/download/33.html.
* Lenildo Medeiros é pastor, jornalista e fundador da Soma – Agência cristã de notícias. Leia mais em: www.abibliaeojornal.com.br
Respeitar; ouvir; compreender; construir relacionamentos de confiança com pessoas de outras religiões, especialmente no nível institucional; engajar-se no diálogo inter-religioso como parte de seu compromisso cristão, na busca de solução de conflitos e reconciliação; cooperar com outras comunidades religiosas nas ações pelo bem comum e a justiça; Fortalecer a própria identidade religiosa cristã e sua fé, embora estando aberto a conhecer e compreender as diferenças religiosas. Manifestar-se diante dos governantes pela liberdade de crença e religião; Orar pelo próximo e seu bem estar.
Para ler a íntegra do documento, faça o download do arquivo “pdf” da versão em inglês do texto em: http://www.soma.org.br/missao-crista/item/download/33.html.
* Lenildo Medeiros é pastor, jornalista e fundador da Soma – Agência cristã de notícias. Leia mais em: www.abibliaeojornal.com.br
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